sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Segunda Lição


Bem vindo ao Blog "Lições de Música", especialmente dedicado a você que deseja aprender Música. As postagens serão na forma de lições, onde procurarei abordar um tema específico em cada publicação. Não deixe de enviar suas críticas e sugestões de aulas!

Antes de prosseguir, relaxe alguns instantes e assista ao vídeo natureza em números:





Segunda Lição: Proporção Inteiro/Metade

Nesta lição abordaremos um princípio matemático da música: a proporção. Ela está presente no ritmo, na forma musical, no equilíbrio sonoro de uma orquestra, no peso acústico de uma banda, na mixagem e masterização de um disco etc. Desde a Antiguidade a proporção é empregada nas Artes, como Arquitetura, Esculturas, Pintura, Poesias e Música. Como você viu no vídeo, a própria natureza está repleta de proporcionalidade.

Inicialmente, vamos trabalhar a proporção "inteiro/metade". É bem simples: imagine uma laranja cortada ao meio. Chamaremos cada parte de metade; ao juntarmos duas metades, teremos 1 inteiro novamente. Simples! Proporcionalmente, 1 inteiro é o dobro da metade, logo, 2 inteiros, formam 4 metades. É claro que podemos fazer outras subdivisões, mas por enquanto, vamos dividir nossa laranja apenas ao meio, em duas partes iguais.


Imaginemos, agora, um relógio - também dividido em duas partes iguais: dia (representado pela cor mais clara) e noite (representada pela cor mais escura). Esse tipo de raciocínio se chama "dicotomia", ou seja, divisão de um elemento em duas partes, em geral, contrárias, como a noite e o dia, claro e escuro, alto e baixo, forte e fraco, levantar e repousar. Esse pensamento estará sempre presente na música e é extremamente importante que você consiga percebê-lo desde as primeiras lições. Nós músicos, utilizamos duas palavrinhas gregas para identificar a dicotomia do tempo musical: Arsis e Thesis.

Arsis, significa elevação, suspensão, tensão. Thesis, é o contrário: repouso. Os gregos antigos fundamentaram esses conceitos na própria natureza que rege o movimento dos corpos; por exemplo, o levantar e o abaixar dos pés na dança grega antiga. Mais tarde, o conceito foi aplicado na prosódia, ou seja, nas partes acentuadas e não acentuadas de um verso poético, sendo assim, associado à ideia de batidas fortes e fracas.  Ouça, abaixo, os batimentos do metrônomo, agora organizados em thesis (batida forte) e arsis (batida fraca).



No exemplo que você acabou de ouvir, são necessárias duas batidas para completar um tempo inteiro. Lembre-se que a primeira batida é chamada de thesis (forte) e a segunda, arsis (fraco). A maioria dos métodos utilizam as palavras "apoio" (forte) no lugar de thesis e "impulso" (fraco) no lugar de arsis; outros preferem  simplificar em forte e fraco. Na prática, a maioria dos músicos contam os tempos, substituindo a palavra "forte" pelo número do tempo e palavra "fraco"  pela conjunção aditiva "e". Veja no quadro abaixo:


Como você pôde verificar, os músicos se utilizam de diversas maneiras para marcar o tempo. O mais importante aqui, não é o método utilizado, mas a percepção entre o apoio e o impulso, forte e fraco, thesis e arsis.

Exercícios de Marcação de Tempo:

1) Clique em "play" e conte os tempos a cada batida de metrônomo. Use a letra "e" entre um número e outro: 1 e 2 e 3 e 4 e 5 e 6 e 7 e 8 e...
2) Agrupe os tempos (como na tabela acima): 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e...
3) Faça outros agrupamentos de tempos. Experimente agrupar em cinco tempos: 1 e 2 e 3 e 4 e 5 e

Lembre-se da lição passada e mantenha a precisão! Você também pode praticar utilizando o metrônomo.

Espero que esta aula tenha sido útil! Não deixe de fazer seu comentário com críticas e sugestões de temas. Compartilhe o blog com seus contatos. Até a próxima!

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